A comunicação
visual é um tema bastante abrangente, que vai desde “o desenho à fotografia, à
plástica, ao cinema”.
Por um lado,
tudo aquilo que os nossos olhos vêem é comunicação visual que passa, também, pelas
formas mais abstratas às reais, das imagens táticas às imagens em movimento,
das imagens simples às imagens complexas, dos problemas da perceção visual que tocam
o lado psicológico do tema como: relações entre a figura e o fundo, mimetismo,
ilusões óticas, movimento aparente, imagens póstumas. Imagens que, como todas
as outras, têm um valor diferente segundo o contexto em que estão inseridas,
dando informações diferentes. Tema que engloba também toda a gráfica, todas as
expressões gráficas desde a forma dos caracteres à paginação de um jornal,
desde os limites de legibilidade das palavras a todos os meios que facilitam a
leitura de um texto. Todos estes aspetos da comunicação visual têm uma coisa idêntica:
a objetividade, ou seja, se a imagem usada para uma certa mensagem não é
objetiva, tem muito menos possibilidades de comunicação visual: é necessário
que a imagem usada seja percetível para todos e por todos da mesma forma,
senão, não há comunicação, mas confusão.
Por
outro lado, é possível fazer duas diferenciações entre todas as mensagens que
passam através dos nossos olhos, isto é, a comunicação pode ser casual ou
intencional.
A comunicação visual casual “é a
nuvem que passa no céu não, certamente, com a intenção de nos advertir que está
a chegar um temporal”. Comunicação intencional é, a título exemplificativo, a “série
de nuvenzinhas de fumo que os índios faziam para comunicar, através de um
código preciso, uma informação precisa.” Uma comunicação casual pode ser
livremente interpretada por quem a recebe, seja ela uma mensagem o tipo que
for. Ao contrário, uma comunicação
intencional deveria ser recebida na totalidade do significado que o emissor pretende
transmitir. Por sua vez, a comunicação
visual intencional pode ser examinada sob dois conceitos: o da informação
estética e o da informação prática. Como informação prática, entende-se como um
desenho técnico, a fotografia do repórter, as noticias visuais da TV, um sinal
de trânsito... Como informação estética, entende-se uma mensagem que nos informe,
por exemplo, as linhas harmónicas que compõem, numa forma, as relações volumétricas
de uma construção tridimensional.
Pelo
exposto, podemos concluir que “conhecer as imagens que nos rodeiam significa
também alargar as possibilidades de contacto com a realidade; significa ver
mais e perceber mais.”
Bibliografia:
MUNARI, Bruno (1991), Design e Comunicação Visual, Ed. 70, Lisboa
Bibliografia:
MUNARI, Bruno (1991), Design e Comunicação Visual, Ed. 70, Lisboa
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